4 dores de
cabeça na gestão do parque de
TI e como
resolver
Por João Paulo
Wolf
No caminho rumo à transformação digital, gerir efetivamente o parque de
TI é crucial para o sucesso da jornada. Afinal, o monitoramento constante e
proativo da infraestrutura de tecnologia permite uma visão clara do ciclo de
vida das soluções, além de otimizar a utilização de recursos (financeiros e
humanos), prevenir problemas de segurança e, assim, garantir a continuidade do
negócio. Mas, com tantas tecnologias novas e disruptivas surgindo, essa missão
tem sido cada vez mais complexa.
Eu mesmo sinto os desafios em meu dia a dia. Quando você é o responsável pelo time que mantém a empresa
conectada e com os sistemas rodando, as responsabilidades são enormes. Se as
aplicações estão hospedadas “em casa”, há a preocupação com perda de dados e
desligamento de servidores e equipamentos de rede. Se estão em cloud, há a
apreensão de não haver conectividade suficiente e se as subscrições suportam o
que os usuários precisam utilizar.
Nesse cenário, ouço, diariamente, algumas perguntas: para
as quais tento encontrar as melhores soluções. Separei, a seguir, os
questionamentos mais comuns, que também podem ajudar você, gestor de TI, a
lidar com os desafios do dia a dia.
1. Minhas
aplicações e infraestrutura estão sendo bem cuidadas?
Tratar do gerenciamento de ambiente é uma tarefa difícil -
talvez a mais difícil. O usuário está acostumado com as aplicações sempre
funcionando, sem demora, nem indisponibilidade. E manter essa (boa) experiência
é o mínimo que se espera do time de TI. Porém, para que esse mínimo seja
atingido, é necessário dispor de uma série de ferramentas, como IT Service
Management, Application Performance Management,Network Operations Management,
Virtualization Management, além da implementação de processos, como os baseados no ITIL, para
organizar e gerar metas. Somente assim é possível gerar os Indicadores-Chave de
Desempenho, os famosos KPIs. Além disso, é
essencial contar com equipes bem treinadas;
2. A
infraestrutura está preparada para as demandas da empresa?
No mercado atual, com mudanças e adaptações constantes,
apenas garantir que o ambiente da empresa esteja rodando não é mais suficiente.
É necessário que os times de TI verifiquem essas mudanças - e se antecipem a
elas -, com a realização de análises de capacidade para garantir que sempre
existam recursos disponíveis para absorver as demandas da empresa. O uso de
tecnologias de cloud facilita esse trabalho, dando fôlego em períodos de pico
ou de desenvolvimento de novas aplicações;
3. Nossos usuários
estão utilizando as ferramentas corporativas ou estão resolvendo questões por
conta própria?
Algo muito comum, hoje, é o que chamamos de shadow IT. Como
os usuários já usam ferramentas de bate-papo, mensagens instantâneas, e-mails e
compartilhamento de arquivos fora do
ambiente de trabalho, podem, ao chegar na empresa, achar as ferramentas e os
processos escolhidos “arcaicos”. É bem comum, por exemplo, a companhia ter
planos de OneDrive e ter picos de utilização de Dropbox e iCloud. Ou, então,
disponibilizar salas virtuais de reunião e o Skype ser o recurso mais utilizado
para relacionamento remoto com clientes e fornecedores. O segredo é escolher
ferramentas corporativas que façam sentido para os funcionários, não apenas
para a equipe de TI. Os profissionais devem gostar das tecnologias escolhidas e
confiar nelas. Para garantir que os recursos sejam utilizados corretamente e
com satisfação, a empresa deve medir o uso das ferramentas, identificar áreas
ou pessoas mais resistentes e investir em adoção e treinamento;
4. As conexões e
os dados estão seguros? E estarão disponíveis em caso de falhas?
Sistemas de segurança da informação passaram a ser ainda
mais importantes nos últimos anos e devem fazer parte de qualquer tipo de
projeto. Seja em telefonia IP, em que as chamadas passarão a ser
criptografadas, ou em um refresh de sistema operacional, em que todas as
máquinas físicas e virtuais passam a contar com ferramentas anti-APT (Advanced
Persistent Threat), a segurança deve estar lá! Aliadas à segurança, ferramentas
de backup e gestão de dados continuam em destaque para evitar que as
informações de usuários e sistemas sejam perdidas devido a um ataque ou mesmo
por falhas nos sistemas de arquivos da companhia.
Acima de tudo, é importante que os objetivos de TI estejam alinhados aos do negócio. Áreas de tecnologia que não oferecem benefícios diretos à companhia tendem a sofrer cada vez mais com a falta de recursos e a perda de visibilidade.
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