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terça-feira, 26 de maio de 2015

Estudantes brasileiros finalistas da maior feira de ciências do mundo conquistam 12 prêmios
Comitiva brasileira finalista da Intel ISEF 2015 volta com US$ 19 mil em prêmios, além de menções honrosas de organizações internacionais

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Brasileiros vencedores de prêmios na Intel ISEF: Nathana, Gabriela, Helyson, Vitória e Vanessa
Os estudantes brasileiros finalistas da maior feira pré-universitária de ciências do mundo, a Intel ISEF (Intel International Science and Engineering Fair), conquistaram quatro prêmios na feira, além de outros prêmios especiais, oferecidos por organizações internacionais que fomentam a ciência no mundo. Com isso, eles voltam para casa com diversos prêmios em dinheiro, somando mais de US$ 19 mil, além de menções honrosas. A feira aconteceu em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
O Gordon E. Moore Award, principal prêmio oferecido na feira, foi para o canadense Raymond Wang, de 17 anos, que desenvolveu um sistema que melhora qualidade do ar em cabines de avião em mais 190%. O sistema reduz a inalação da concentração de partículas prejudiciais à saúde em até 55 vezes em comparação com modelos convencionais e pode ser facilmente incorporado nos aviões existentes. Wang recebeu US$ 75 mil pelo prêmio.
Entre os brasileiros, 4 projetos saíram com prêmios distribuídos pela Intel ISEF:
·         As estudantes Vitória Müller Gerst e Gabriela Bronca Lopes, da Fundação Liberato em Novo Hamburgo/RS ficaram em 4º lugar na categoria Química e recebem US$ 500 pelo projeto “Obtenção composto de alternativa para uso como detergente na descelularização de órgãos”;
·         O projeto “SOS seca: semeando vida no semiárido cearense através de sistemas de captação e dessalinização de água de baixo custo” venceu em 4º lugar na categoria Ciências da Terra e Meio Ambiente. As estudantes Maria Vanessa Oliveira Teodósio e Fátima Natanna de Miranda, da Escola Estadual de Educação Profissional Júlio França em Bela Cruz/CE, recebem US$ 500 pelo projeto;
·         O projeto “Ação sinergética de antiviral natural”, do Estudante Helyson Lucas Bezerra Braz, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Limoeiro do Norte/CE, ficou com o 3º lugar na categoria Biomedicina e Ciências da Saúde, conquistando o prêmio de US$ 1 mil;
·         3º lugar da categoria Bioquímica e Ciências da Saúde, com prêmio US$ 1 mil foi para o projeto “Análise comparativa entre celulose e metal na remoção de ions metálicos do processo de tratamento da água na indústria”, estudantes Santiago Maria Calderon Novoa e Diana Marie Sieh, da Escola Americana de Campinas/SP.
“A cada ano, temos visto mais reconhecimento dos projetos brasileiros na Intel ISEF e isso é resultado da crescente qualidade da ciência eles produzem”, comenta Fernanda Sato, gerente de Educação da Intel Brasil. “Para a Intel, investir na produção da ciência desde o estudante de nível médio é essencial para prospectar soluções que vão transformar os problemas locais e regionais, mostrando ao mundo que os nossos jovens são inventivos e empreendedores”. 
Prêmios especiais – Além dos prêmios da feira, diversas organizações que fomentam iniciativas de ciências no mundo ofereceram prêmios adicionais para os finalistas da Intel ISEF. Entre a comitiva brasileira, quatro projetos receberam prêmios em dinheiro e quatro receberam reconhecimento ou menção honrosa:
U.S. Agency for International Development ofereceu o maior prêmio especial em dinheiro para projetos brasileiros. As estudantes Maria Vanessa Oliveira Teodósio e Fátima Natanna de Miranda, da Escola Estadual de Educação Profissional Júlio França, em Bela Cruz/CE, recebem o valor de US$ 10 mil pelo desenvolvimento de um plano de combate à seca, que visa construir de forma cooperativa sistemas de captação e dessalinização de água de baixo custo com foco em aspectos ambientais, sociais e econômicos. 
A estudante Bibiana da Costa Davila, da Fundação Liberato de Novo Hamburgo/RS, conquistou o prêmio Oracle Academy por sua plataforma que auxilia estudantes de séries iniciais do ensino fundamental na produção de textos. O software foi desenvolvido para a web, independe do hardware ou sistema operacional e possibilita maior interatividade entre os usuários. Com o prêmio, Bibiana recebeu US$ 5 mil.
O projeto que obtém um composto alternativo para descelularização de órgãos, das estudantes Vitória Müller Gerst e Gabriela Bronca Lopes, da Fundação Liberato de Novo Hamburgo/RS, conquistou outro prêmio especial, da China Association for Science and Technology, no valor de US$ 1,2 mil. A pesquisa das estudantes consiste na retirada de material genético do órgão doador, a partir de uma solução detergente, e posterior repovoamento com as células do receptor, evitando a rejeição e neutralizando os fatores de riscos da criopreservação. 
Três estudantes do Colégio Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, Pedro Otávio Liberato Rocha, Lucas Moraes e Eduardo da Silva Campos, foram premiados pela American Meteorological Society, e levam US$ 500. Eles desenvolveram um protótipo de miniestação meteorológica, para análises focadas no mercado de agronegócios, utilizando as tecnologias para coletar e formatar dados considerados importantes na produtividade, disponibilizando-os de forma automatizada, de fácil leitura e entendimento a um custo reduzido se comparado a produtos similares. 
Entre os destaques por menção honrosa, o estudante Alessandro Hippler Roque, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Osório, recebeu a distinção da American Statistical Association, com o projeto “Reaproveitamento de subprodutos agroindustriais no desenvolvimento de produto enriquecido com fibras para celíacos”.  Já o “National Institute on Drug Abuse, National Institutes of Health & the Friends of NIDA”, destacou o projeto “Improving the Efficiency of Genome Variants Detection by the Parallelization of Its Computer Process” do estudante Lucas Lopes Cendes, da Escola Americana de Campinas/SP.
Completando os prêmios especiais, a Organização dos Estados Americanos (OEA) destacou 50 finalistas que desenvolveram projetos cujo objetivo é contribuir com o desenvolvimento regional dos respectivos locais de origem dos estudantes. Houve também prêmios de distinção para seis projetos das Américas, dois brasileiros: o termociclador de baixo custo para amplificação de DNA, desenvolvido pelo estudante: Luiz Fernando da Silva Borges, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso do Sul - Campus Aquidauana; e o projeto de fortalecimento da identidade negra e quilombola na cidade de Antônio Cardoso, no interior da Bahia, das estudantes Beatriz de Santana Pereira e Thayná dos Santos Almeida, do Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães.
Melhores da Categoria - A Intel ISEF 2015 contou com aproximaor suas pesquisas inovadoras, incluindo 20 vencedores do “Melhor da Categoria”, com cada um recebendo um prêmio damente 1700 jovens cientistas selecionados em 422 feiras afiliadas em mais de 75 países, regiões e territórios. Aproximadamente 600 finalistas receberam troféus e prêmios pde US$ 5.000. A Intel Foundation também ofereceu um prêmio de US$ 1000 para cada escola e feira afiliada à Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel representada por cada vencedor.

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