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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

INSTITUTO DO JOELHO HCOR REALIZA TÉCNICA DE IMPLANTE DE MENISCO EM ATLETAS PROVENIENTE DE TRANSPLANTE
 
            As lesões de meniscos eram responsáveis pelo fim da carreira de muitos atletas. Por desconhecimento da função e importância dos meniscos, eles eram removidos integralmente durante o procedimento cirúrgico, o que causava efeitos irreversíveis para as articulações e quadros de artroses (desgaste articular).
  

            A técnica cirúrgica no passado consistia na retirada total do menisco, e hoje o procedimento foi substituído pela retirada parcial, sutura e até transplante, sendo a estrutura mais preservada durante a cirurgia do joelho. No Instituto do Joelho HCor é realizado uma técnica de transplante de menisco e uso de aloenxerto, proveniente de banco de tecidos, com o objetivo de preservar a integridade das estruturas do joelho do atleta, para que ele tenha um retorno rápido e de alto nível em campo. 

          Para o Dr. Rene Abdalla, responsável pelo Instituto do Joelho HCor, a nova metodologia permite que as chances de sucesso da cirurgia seja superior à técnica convencional, no entanto, com um tempo de recuperação maior.  

           “Para não tirar uma parte da estrutura do tendão do próprio paciente, você o agride menos para fazer esse procedimento. Porém, nós não temos ainda no Brasil uma legislação que incentive a construção de bancos de tecidos, para ter a captação, e muito menos a comercialização, que é muito comum na Europa e nos Estados Unidos”, esclarece Dr. Abdalla.

            O menisco é o tecido entre a cartilagem da tíbia e do fêmur. Quando acontece uma ruptura, o mais comum é a retirada da parte lesionada - o que diminui o equilíbrio e a absorção de impactos -, e isto causa muitas dores no atleta. “Com o transplante de menisco de cadáver, toda a área comprometida é retirada e substituída por um novo tecido vindo de doadores, técnica denominada aloenxerto", explica Dr. Abdalla.

 Lesão no menisco:

            O menisco é uma estrutura fibro-cartilaginosa com múltiplas funções e basicamente amortece forças aplicadas ao joelho em todo o arco de movimento. As lesões de menisco causam sintomas característicos como dor bem localizada com períodos de alívio e agravo a determinados movimentos, como agachar e cruzar as pernas, inchaço, e bloqueio (travamento).
 
       Segundo o ortopedista do HCor, o tratamento de uma lesão meniscal dependerá de sua localização, tamanho, tempo de ocorrência, idade e ligação ao esporte do paciente. Esta lesão é tratada por artroscopia com a retirada do fragmento lesionado, popularmente conhecida como “meniscectomia parcial”. Na grande maioria dos casos, este procedimento é suficiente para aliviar a dor, queixas de travamento e faz com que atletas profissionais retornem ao esporte em 20 a 30 dias pós-operatórios.  
          No entanto, as pesquisas realizadas nos últimos 20 anos mostram que a grande maioria dos pacientes submetidos a este procedimento apresentou algum grau de artrose do joelho, embora a maioria não sinta nada. “O consenso mundial hoje é que deve-se ao máximo preservar o menisco em pacientes jovens com lesões extensas e nos casos em que há desvio de eixo (pernas tortas), pois estes casos podem evoluir mais rápido para degeneração (desgaste) e se tornarem de difícil tratamento. Isso especialmente em pacientes jovens que sofreram lesão traumática há pouco tempo”, enfatiza Dr. Abdalla.
As lesões do joelho:
            O número de praticantes de atividades esportivas sofre um aumento progressivo a cada ano. Em nosso país, os esportes que envolvem os membros inferiores são os mais praticados, destacando-se o futebol.
            A articulação do joelho é a região anatômica que sofre a maior frequência de lesões, uma vez que é a maior articulação do corpo e a mais vulnerável. As lesões ligamentares são comuns, principalmente do ligamento cruzado anterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, essas lesões atingem mais de 100 mil casos por ano - que podem ser aplicados a outros países que priorizam atividades esportivas.
            “Atualmente, os traumas envolvem múltiplas estruturas da articulação (lesões complexas) onde podemos até traçar uma evolução na gravidade destas, que no passado eram isoladas dos meniscos e atualmente estão associadas a lesões do ligamento cruzado anterior (ligamento que une a tíbia ao fêmur). Atualmente esses traumas se somam aos ligamentos contidos nas laterais do joelho, com envolvimento de estruturas que até pouco tempo nem eram compreendidas, o que levavam a resultados do tratamento cirúrgico muitas vezes ineficiente”, esclarece Dr. Abdalla.
         Segundo o ortopedista, os traumas mais comuns que promovem lesão do L.C.A – Ligamento Cruzado Anterior - são as torções e “choques” direto contra o joelho, durante práticas esportivas (por exemplo futebol e esqui). Nesses casos o joelho é forçado a uma posição anormal resultando em ruptura de um ou mais ligamentos.
            “Na maioria dos casos, quando ocorre lesão do L.C.A, o atleta sente uma sensação de “falseio”, como se o joelho saísse do lugar, acompanhado por um estalo. O trauma é associado a inchaço, dor e incapacidade de continuar jogando. Após algumas horas, o joelho aumenta de volume (líquido intra-articular) e a marcha se torna dificultada. Esses sintomas são piores nos dois primeiros dias regredindo progressivamente”, explica Dr. Abdalla.

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